ESTE COMENTÁRIO DO JORNAL "O JOGO" DE HOJE REFLECTE O PANORAMA DO DESPORTO NO FEMININO EM PORTUGAL!
A amarga escolha das nossas Alexandrinas
CARLOS FLÓRIDO
A mudança de nacionalidade de Alexandrina Barbosa custa a engolir. É uma pequena machadada no orgulho nacional, poderá ser a prova definitiva, caso um dia venha a ser chamada à selecção espanhola, que aqui ao lado não têm os nossos pruridos quanto à utilização dos chamados naturalizados, e é preciso pensar um pouco para entender a sua opção, que não terá sido fácil. Nas modalidades colectivas, o desporto feminino português, e o andebol não é excepção, sempre foi amador e tão cedo não mudará. Uma profissional como Alexandrina não tem lugar nem se revê num campeonato como o nosso, em que se contam pelos dedos as jogadoras com salários e boa parte das atletas, mesmo chegando a internacionais, acabam por abdicar de uma carreira em detrimento dos estudos, de um emprego ou simplesmente do casamento. Em Portugal não há dinheiro para o desporto feminino, essa é a realidade. E, não existindo quem pague um bom salário, não há lugar para talentos como de Alexandrina.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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